MINISTÉRIO DA SAÚDE SUGERE QUE MULHERES NÃO ENGRAVIDEM AGORA
A microcefalia fez o governo
decretar estado de emergência nacional. Um alto funcionário do Ministério da
Saúde, Cláudio Maierovitch, diretor do departamento de Vigilância de Doenças
Transmissíveis, disse: “Não engravidem agora. Esse é o conselho mais sóbrio que
pode ser dado”.
A situação é bem preocupante,
sim. Com direito a uma reunião de emergência entre representantes do Ministério
da Saúde, da Secretaria de Saúde de Pernambuco e
médicos infectologistas, uma força tarefa está investigando o que provocou esse
aumento repentino nos casos de microcefalia no Nordeste, especialmente em
Pernambuco.
Cinco famílias começaram a
quinta-feira (12) no ambulatório de um dos dois hospitais de referência em
Pernambuco no acompanhamento de bebês com microcefalia. Mães, pais e avós estão
sem muita noção do que houve e muito menos do que têm pela frente.
Algumas mães descobriram a
microcefalia durante o pré-natal porque na ultrassonografia é possível medir o
tamanho da cabecinha do bebê. Outras só ficaram sabendo depois do parto.
O normal é que, logo depois do nascimento, a cabeça da criança tenha entre 34 e 37 cm, mas no caso da microcefalia, os bebês nascem com cabeça igual ou menor que 33 cm.
Tratamentos realizados desde
os primeiros anos, como terapia ocupacional e fisioterapia, melhoram o
desenvolvimento e a qualidade de vida. As famílias estão sendo orientadas a
procurar acompanhamento de neurologistas.
“Eles vão ter certa
dificuldade de aprendizado, dificuldade de locomoção, de leitura, talvez tenham
dificuldade de audição e de visão, mas o grau que isso pode aparecer a gente
ainda não sabe”, alerta a infectologista Regina Coeli.
Os médicos tentam cruzar
informações passadas pelas mães, identificar o que há em comum entre elas.
Colheram sangue, líquido da coluna e urina dos bebês para tentar chegar a
pistas que possam levar ao motivo do aumento repentino no número de casos.
FONTE: PORTAL G1
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